As tecnologias, segundo Figueiredo (2003), permitem o uso da informática dentro e fora das instituições e necessitam de profissionais aptos a usá-las e geri-las tanto para o indivíduo, quanto para a organização. Entretanto, mesmo sendo esses profissionais formados pelo ensino superior é difícil identificar o perfil profissional adequado à gestão de processos de informação/eletrônica/comunicação.
O autor aponta que a tecnologia evoluiu e abriu amplas possibilidades de prestações de novos serviços. Sendo assim, a necessidade de disseminar informações passou a ser uma atividade vital para qualquer organização da sociedade. A sociedade e o mercado exigem profissionais preparados, capaz de gerir, tratar e espalhar a informação utilizando as conquistas tecnológicas na informática, comunicações e eletrônica.
Esses profissionais terão que ser capazes de: monitorar informações sobre o ambiente social, cultural, político, econômico e de mercado; dominar dois níveis de linguagem: a terminologia da fonte ou produtor e a linguagem para comunicação com o público; enfatizar o uso da informação como uma vantagem competitiva para o indivíduo e as organizações na sociedade; e reconhecer o valor econômico e político da informação.
Nesse contexto, o informata terá de ser estrategista, com capacidade de informação, compreensão, análise crítica e interpretação da realidade. Para Figueiredo (2003) com o seu perfil traçado ele deverá evitar: gastos excessivos originados da duplicação de dados e do fracionamento dos serviços de informação, conflitos de poder e desinformação. Sua principal missão será transformar informação em conhecimento e ação. Acrescenta que “o artigo 53 da lei de Diretrizes e Bases 1996 em seu parágrafo único assegura a autonomia didático-científica das Universidades”(p.), nesse caso, seus colegiados de ensino e pesquisa ganham autonomia para decidir sobre: criação, expansão e extinção de cursos; ampliação e diminuição de vagas; elaboração de programas de cursos; programação das pesquisas e das atividades de extensão; contratação e dispensa de professores; planos de carreira docente. Dessa forma, extingue-se assim a necessidade de cumprir um currículo mínimo e uma carga horária rígida.
Fica evidente, na posição do autor, que as referidas reformulações deve ser coerente com o desenvolvimento técnico e científico. Acrescenta que, além disso, deve-se levar em conta “[...] a notória convergência que existe entre o perfil desejado para o informata e o dos já existentes profissionais da área da ciência da informação, informática e comunicações, parece sensato pensar-se numa revisão mais ampla de caráter estrutural” (p.)
Neste sentido, ele indica alguns passos preparatórios, tais como: definir o perfil desejável para informatas, com conhecimento e domínio da evolução tecnológica em Informática, comunicações e eletrônica, com capacidade gerencial, capacidade de se antecipar à demanda do meio ambiente e de se adaptar o ser perfil a novas demandas; refletir um programa estratégia que não se abandone o passado e se vislumbre o futuro com diversidade e atividade e ocupações para profissionais das respectivas áreas; aperfeiçoar o sistema de ensino com acesso a redes e bases de dados não só na biblioteca, mas, também, na própria sala de aula; conceber o estagio como estado de vivencia profissional em que o educando tenha a oportunidade de ampliar os conteúdos vinculados pelo curso em situações completas; e rever a estrutura curricular da graduação.